Modelo de célula bacteriana, vegetal e animal
Este modelo foi construído durante a disciplina Estágio Supervisionado em Ciências e Biologia II, por Mateus Figueiredo e Marina Magalhães, para uma aula sobre biologia celular no 7º ano de uma escola pública de Viçosa-MG, durante o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Viçosa.
Foram usados materiais cedidos pelo Setor de Ensino de Biologia, do Departamento de Biologia Geral da UFV, como E.V.A., barbante, cartolina, canetas e canetinhas, assim como materiais próprios.
Organelas e estruturas da célula vegetal,
feitos de EVA e barbante, com detalhes de caneta
feitos de EVA e barbante, com detalhes de caneta
Foram construídos três modelos: um de célula bacteriana, um de célula animal e um de célula vegetal. Cada modelo foi construído sobre uma cartolina de cor diferente. Os alunos receberam a cartolina já com um pedaço de fita colado sobre ela, representado a membrana celular, os demais materiais (barbante, EVA, etc.) soltos e fita crepe para colar os pedaços nos lugares que acharem pertinente.
O modelo de célula bacteriana foi feito sobre a cartolina rosa, com a fita colada em formato de bacilo (oval). Os alunos receberam os materiais representando o DNA, a parede celular bacteriana e os flagelos, mas não foram informados sobre o que cada material representava: eles deveriam consultar o livro didático, conferindo o esquema do livro, e discutir e deduzir quais partes deveriam representar o que. De maneira coletiva, com orientação do professor, os alunos foram colando os materiais nos locais que acharam ser mais indicado.
Foi fácil chegar à conclusão de que o barbante representava o DNA e que deveria estar dentro da célula. Houve uma discussão sobre se a parede celular deveria estar mais interna ou mais externa à membrana celular - e, de forma dialogada, sendo questionados sobre qual a função da parede, chegou-se a conclusão de que deveria estar por fora, para proteger a célula. Também surgiu o questionamento se os pedaços de EVA bege seriam os flagelos ou os cílios. O esquema do livro representava os cílios, mas não indicava seu nome, e por isso, na preparação da aula, não foi feito nenhum material para representá-los. Após breve explicação da diferença entre flagelos e cílios, os alunos concluíram que aqueles deveriam ser os flagelos, e eles decidiram por conta própria desenhar os cílios sobre a cartolina, o que foi muito positivo e demonstrou interesse e pró-atividade dos alunos.
Então, já tendo construído de maneira coletiva um modelo, os alunos foram divididos em dois grupos, e cada grupo montou um modelo.
O modelo de célula animal já veio com a membrana celular em um formato arredondado, como o modelo simplificado do livro didático. Ele conta com um núcleo que já tem o DNA de barbante afixado, mitocôndrias, complexo golgi e retículo endoplasmático. Por ser uma aula introdutória sobre células, com o objetivo de entender que as organelas existem e compõe a célula, mas sem o objetivo de memorizar o nome e função de cada uma delas, optou-se por não representar os ribossomos, para simplificação.
O modelo de célula vegetal, com a membrana celular em formato hexagonal, conta com um grande vacúolo, cloroplastos, núcleo com DNA, mitocôndrias, complexo golgi e retículo endoplasmático.
Após cada grupo montar seu modelo, os alunos foram instruídos a socializar suas construções, e também encontrar diferenças e possíveis erros. Em uma turma, havia se colocado um cloroplasto na célula animal, mas durante a socialização percebeu-se que o esquema do livro era diferente, e corrigiu-se o erro. Apontou-se as diferenças na composição e no formato das células. O professor também chamou a atenção para o fato de que aqueles modelos estavam fora de escala e foram feitos com cores fictícias. Além de consultar o livro, os alunos também puderam consultar um pôster didático que a escola possui, e que ficou pendurado durante a realização da atividade. Ao final, foram instruídos a desenhar as três células, representando suas organelas.
Células vegetal à esquerda, animal acima e bacteriana à direita
Material - Estrutura
Cartolina rosa - Célula bacteriana
Cartolina verde - Célula vegetal
Cartolina laranja - Célula animal
Fita - Membrana celular
Barbante - DNA
EVA roxo - Parede celular bacteriana
EVA bege - Flagelo bacteriano
EVA vinho com barbante - Núcleo
EVA laranja - Mitocôndria
EVA amarelo - Complexo golgi
EVA marrom escuro - Retículo endoplasmático
EVA verde - Cloroplastos
EVA azul - Vacúolo
EVA verde - Parede celular vegetal
Estudantes realizando a atividade
Os modelos permaneceram na escola após a atividade durante o semestre letivo. Antes da aula sobre vírus, foi dada uma aula sobre escala, em que os modelos foram utilizados novamente. Para representar a diferença entre o tamanho de um vírus e de uma bactéria, resgatou-se o modelo de célula bacteriana foi resgatado, representando uma bactéria, e um grão de arroz foi utilizado para representar um vírus. Foi feita uma simulação de infecção viral na bactéria: o grão de arroz entrou na bactéria através da parede celular e membrana celular. Uma vez lá dentro, explicou-se que ele começa a se reproduzir em grandes quantidades - e um pote grande, cheio de grãos de arroz, foi despejado sobre a cartolina, enchendo todo o interior da bactéria com os grãos brancos e crus.