Acompanhar as aulas acabou sendo mais fácil do que eu esperava.
Minha tendência natural a passar a maior parte do tempo no meu quarto,
lendo, me deu uma grande vantagem sobre a média dos alunos de Culver
Creek. (…)
E também prestava atenção às aulas, mas, naquela manhã de quarta-feira, quando o Sr. Hyde começou a dizer que, para os budistas, todas as coisas estavam interligadas, eu me peguei olhando pela janela. Estava observando o morro arborizado e em suave declive para além do lago. E, vistas dali, da sala do Sr. Hyde, as coisas realmente pareciam interligadas. (…) Então eu ouvi meu nome e sabia que estava encrencado.
“Sr. Halter”, disse o Velho. “Estou aqui forçando os meus pulmões em benefício da sua instrução. E, no entanto, algo lá fora parece ter chamado a sua atenção de uma maneira que eu não fui capaz de fazer. Por favor, me diga: o que descobriu de tão interessante lá fora?” (…)
“Bem, é que eu estava olhando pela janela, sabe, olhando para o morro e estava pensando que bem, as árvores e a floresta, como o senhor estava dizendo antes…”
O Velho, que obviamente não tolerava digressões em voz alta, me interrompeu. “Vou pedir ao senhor que se retire da sala, Sr. Halter, para que possa ir até lá e descobrir a relação entre as bem-árvores e a sabe-floresta. E amanhã, quando estiver pronto para levar essa aula a sério, será bem-vindo.”
[…]
No dia seguinte, o sr. Hyde me pediu para esperar depois da aula. De pé diante dele, eu me dei conta, pela primeira vez, de quanto seus ombros eram encurvados, e ele me pareceu, de repente, triste e meio velho. “Você gosta dessa aula, não gosta?”, perguntou.
“Sim, senhor.”
“Você tem a vida inteira para meditar sobre o conceito budista da interligação.” Ele falava como se tivesse escrito e memorizado cada frase e, agora, estivesse lendo. “Mas enquanto olhava pela janela, perdeu a oportunidade de explorar o preceito budista igualmente interessante que diz que devemos prestar atenção em todos os aspectos da nossa vida cotidiana, que devemos realmente prestar atenção. Preste atenção na aula. E depois, quando ela acabar, preste atenção lá fora”, ele disse maneando a cabeça na direção do lago e além.
“Sim, senhor.”
E também prestava atenção às aulas, mas, naquela manhã de quarta-feira, quando o Sr. Hyde começou a dizer que, para os budistas, todas as coisas estavam interligadas, eu me peguei olhando pela janela. Estava observando o morro arborizado e em suave declive para além do lago. E, vistas dali, da sala do Sr. Hyde, as coisas realmente pareciam interligadas. (…) Então eu ouvi meu nome e sabia que estava encrencado.
“Sr. Halter”, disse o Velho. “Estou aqui forçando os meus pulmões em benefício da sua instrução. E, no entanto, algo lá fora parece ter chamado a sua atenção de uma maneira que eu não fui capaz de fazer. Por favor, me diga: o que descobriu de tão interessante lá fora?” (…)
“Bem, é que eu estava olhando pela janela, sabe, olhando para o morro e estava pensando que bem, as árvores e a floresta, como o senhor estava dizendo antes…”
O Velho, que obviamente não tolerava digressões em voz alta, me interrompeu. “Vou pedir ao senhor que se retire da sala, Sr. Halter, para que possa ir até lá e descobrir a relação entre as bem-árvores e a sabe-floresta. E amanhã, quando estiver pronto para levar essa aula a sério, será bem-vindo.”
[…]
No dia seguinte, o sr. Hyde me pediu para esperar depois da aula. De pé diante dele, eu me dei conta, pela primeira vez, de quanto seus ombros eram encurvados, e ele me pareceu, de repente, triste e meio velho. “Você gosta dessa aula, não gosta?”, perguntou.
“Sim, senhor.”
“Você tem a vida inteira para meditar sobre o conceito budista da interligação.” Ele falava como se tivesse escrito e memorizado cada frase e, agora, estivesse lendo. “Mas enquanto olhava pela janela, perdeu a oportunidade de explorar o preceito budista igualmente interessante que diz que devemos prestar atenção em todos os aspectos da nossa vida cotidiana, que devemos realmente prestar atenção. Preste atenção na aula. E depois, quando ela acabar, preste atenção lá fora”, ele disse maneando a cabeça na direção do lago e além.
“Sim, senhor.”
(Quem é Você, Alasca? Págs. 39-40, 51)
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