Guerra e Paz ao vivo

A viagem para o Memorial da América Latina, em São Paulo, foi dia 6 de março. O ônibus saiu de Itajubá de manhã, e chegou no Memorial da América Latina as 10:30. A turma tirou uma foto na frente da escultura "Mão" de Oscar Niemeyer, que tem sete metros de altura. A escultura representa uma mão com sangue escorrendo no formato do mapa da América Latina.
A turma foi separada em três grupos, e cada um deles entoru no salão onde estavam os painéis acompanhado de um guia. O painel Paz estava mais próximo da entrada, o painel Guerra estava de frente para ele. Em uma das laterais havia uma série de retroprojetores, iluminando a parede oposta a eles, entre os dois painéis.


Após alguns minutos para analisar ambos os painéis, sentamos em círculo para discutir algumas perguntas.
Cada painél foi feito em 14 blocos de madeira naval, que montados completam 14 metros de altura e 10 metros de largura. Foram feitos a pedido do Governo Brasileiro para a Sede das Nações Unidas.
Depois de discutirmos as perguntas, a sala ficou escura, e a guia nos instruiu a olhar para a parede branca. Logo algumas palavras começaram a aparecer, e a turma assistiu um vídeo sobre as obras de Portinari.
Enquanto um vídeo mostrava os esboços realizados para pintar certa parte do painel, uma luz era lançada sobre essa parte no painel real. Aprendemos um pouco mais sobre a vida de Portinari e sobre os personagens mais marcantes dos quadros. No final, ouvimos o poema "A Mão", de Drummond.
Ao final do vídeo, discutimos nossas impressões sobre ele. Fizemos algumas perguntas que os guias não souberam responder. Continuamos no salão, e quando o filme iria começar novamente, saímos de lá para visitar o resto da exposição sobre Portinari.
Em outro salão, mais iluminado que o primeiro, vimos vários esboços feitos por Portinari antes da realização dos paineis gigantescos, de vários personagens dos dois quadros. Haviam esboços simples, feitos com lápis em um papel minúsculo representando um pé ou uma mão, e esboços que pareciam um quadro por si só. A maioria deles assinado por Portinari, e com um escrito "Guerra" ou "Paz", referente ao quadro em que seria incorporado. Os esboços pertencem a pessoas que os compraram.  Nessa exposição, também vimos os instrumentos que Portinari utilizou ba produção de Guerra e Paz, inclusive as tintas, que causaram uma intoxicação que o levou a morte.
Em uma pequena sala estava passando uma “reportagem” em vídeo de seu filho e algumas pessoas falando sobre a obra e explicando todo o processo e luta para Guerra e Paz vir para o Brasil. Explicavam também a montagem e falavam algumas coisas sobre a vida de Portinari.
A viagem foi uma experiência incrível. Tivemos a oportunidade de ver a obra prima de Portinari, que não eram vistos pelo público brasileiro desde 1956, e que provavelmente vão ficar guardados por mais algumas décadas.

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