Resumo do mensalão

Novembro/2013:

Globo: teve mensalão, teve compra de votos.
PT: não teve compra de votos, teve caixa 2.
Folha: teve mensalão, teve compra de votos.

PT: não teve compra de votos, teve caixa 2.
Veja: teve mensalão, teve compra de votos.
PT: teve caixa 2. eu quero ser julgado pelo crime de caixa 2. não teve compra de votos. não faz sentido eu comprar voto de quem é do meu próprio partido.
Juízes: realmente, não tem provas que comprovem a compra de votos...
Globo, Folha, Veja: teeeeeve compra de votos.
Juízes: ok, deve ter tido compra de votos. deixa eu achar uma brecha na lei que permita eu condenar sem prova... achei. ok, vai pra cadeia.
PT: porra, meu.


Março/2014:

Barbosão: Se não tiver formação de quadrilha o crime prescreve.
Globo: q q tem?
Barbosão: aí os mensaleiros malvados vão ficar fora da cadeia.
Globo: teve formação de quadrilha, mas é óbvio.
Barbosão: isso mesmo, teve formação de quadrilha.
Barroso: não fode, não teve formação de quadrilha e...
Barbosão: vc só tá falando isso pra defender os seus amiguinhos.
Dias Toffoli: por favor, Barbosa, vc já falou demais, deixa o Barroso falar.
Barroso: então, é, não teve formação de quadrilha.
STF: não teve formação de quadrilha.
Barbosão: tristes rumos da política brasileira.
Globo: tristes rumos da política brasileira.
PT: #chupa


Co-autor do Março/2014: Cláudio Inácio. 

É preciso aprender a jogar o jogo da política

Em uma discussão no grupo "Itajubá Reclama" no Facebook, um dos membros do grupo enfatizou que um dos fatores que fizeram a PL122 (que transformaria a homofobia em crime) não ser aprovada foram os cidadãos contrários à medida que pressionaram seus deputados a votar contra. No mesmo grupo, enquanto algumas pessoas discutiam os gastos que a prefeitura teve com os shows no final do ano, outra pessoa veio reclamar da Copa do Mundo e do Bolsa Família, e, segundo a pessoa, não importa se o governo é federal ou municipal, "o que importa é que o dinheiro é público".

No último Ocupa Praça, realizado pelo Basta Itajubá na praça do Carneiro Júnior, tivemos a palestra de Wernner e Fulvio, ambos do Coletivo Pouso Alegre. Entre outros assuntos, eles enfatizaram a importância de estudar e entender como funciona a política.

A política, como tudo, tem regras. E é preciso entender como essas regras funcionam para poder participar dela. Desnecessário falar da importância da política nas nossas vidas - afinal, são os políticos eleitos que decidem como e onde vai ser gasto o nosso dinheiro e quais leis serão criadas e mantidas. É preciso entender que regras são essas para poder denunciar quando alguém não está seguindo essas regras. É preciso aprender a jogar o jogo da política para fazer valer os nossos interesses como população.

Mas porque é tão importante entender essas regras da política? Imagine que você assista uma propaganda de um restaurante fast food que te incomoda, e você vai até um desses restaurantes reclamar para o funcionário que trabalha no caixa. O funcionário vai rir da sua cara, porque a propaganda não tem nada a ver com ele, e ele não pode fazer nada para mudá-la. É mais ou menos o que acontece em alguns setores da política. Não adianta reclamar para o governo municipal que um trecho de rodovia federal está com buracos. E também não adianta xingar o governo federal porque os ensinos fundamental e médio estão em mau estado, porque eles são responsabilidade do governo municipal e estadual. É preciso entender como funciona a política para identificar quem são os agentes responsáveis pela saúde, educação e obras, e poder cobrar das pessoas certas aquilo que é da sua responsabilidade.

Existem vários setores da sociedade que já entendem como funciona a política, e a utilizam para defender seus interesses. Um desses setores são os grandes produtores rurais do país, que têm uma grande representatividade no legislativo, com seus inúmeros deputados federais, senadores e deputados estaduais, e com isso conseguem que diversos projetos de lei que os beneficiam sejam aprovados. Outro setor, bem diferente, é o movimento hip hop em Pouso Alegre, que tem o seu representante na câmara dos vereadores da cidade. Os grupos sociais que integram esse movimento cultural, como os skatistas, breakers e rappers, uniram forças e conseguiram colocar um vereador na câmara. A partir de então, esse vereador eleito passou a defender os interesses do grupo que havia o colocado ali, e os cidadãos desse movimento passaram a ser ouvidos. Conseguiram reformar a pista de skate municipal, criaram um Fórum do Hip Hop em Pouso Alegre, e estão perto de instituir a Semana do Hip Hop na cidade.

Não há nada de errado em ter o seu representante no governo. Tanto a bancada ruralista como o vereador hip hop chegaram ao poder legalmente, através das eleições. O que realmente importa é o que esses representantes fazem com o poder, e quando apenas um lado da sociedade é ouvido e o outro ignorado é que ocorrem as distorções e as injustiças. A balança começa a pesar apenas para um lado, e o outro lado, que muitas vezes é quem mais sofre na sociedade, sai prejudicado. Por isso é importante ter várias vozes de diferentes origens dentro das câmaras - para evitar essas distorções, ou ao menos amenizá-las, e garantir a todos o direito de ser ouvido.

É preciso se envolver com política, é preciso colocar pessoas que te representem no poder, e é preciso mostrar para esses representantes o que pensamos sobre determinados assuntos, pois só assim eles poderão de fato nos representar. Muitas vezes, projetos que desagradam e até prejudicam a população em geral são aprovados porque a população não usou a sua voz. Mas não adianta cobrar do prefeito o que é dever da câmara dos vereadores. É necessário estudar e aprender como funciona o sistema para saber direcionar as críticas e as reclamações, e para que o sistema passe a trabalhar para nós, os cidadãos. E além de apenas atacar e impedir projetos ruins, é importante propor e apoiar os projetos bons, cobrando melhorias e questionando o que não está certo, trabalhando para uma realidade cada vez mais justa para todos.

Mateus S. Figueiredo

Como contornar as limitações do site da Folha Online

Não sei se vocês tem o costume de ler a Folha online, mas ela é um dos sites mais chatos da história recente da internet. Um porque ela não deixa copiar os textos (é, crtl+c não funciona) e você tem um limite de tantas notícias por mês, e depois, para ler, só se pagar.

Pois bem, eu já descobri dois jeitos de contornar essas limitações, usando o nosso amigo Google, e resolvi dividir com vocês.

Para copiar os textos da Folha, selecione o texto como se você fosse copiar. Aí, clique o o botão direito. Não, clicar em "copiar" não vai adiantar. Em vez disso, clique em "Pesquisar no Google". Depois, é só ir na aba do Google que abriu e copiar o texto da barra de busca. Acho que não funciona com textos muito grandes, mas é melhor do que reescrever tudo no bloco de notas.


Agora, se você estourar o limite de reportagens por mês, a coisa é um pouquinho mais complicada. Para ler a matéria original, você precisa saber o título dela, e jogar no Google. Então, quando achar o link da matéria que quer ler, clique na setinha ao lado do título, e clique em "em cache". O Google faz uma cópia periódica de vários sites da internet, e se você der sorte, ele pode ter a cópia da matéria que você quer ler. E você pode mandar o link do cache para o seu amigo que também já estourou o limite de matérias por mês.


Se alguém conhecer mais técnicas, ou jeitos melhores de realizar essas, pode me mandar que eu incluo na postagem.

As cotas e a ampla concorrência na UFV

Em agosto de 2012 foi sancionada a Lei 12.711, conhecida popularmente como Lei das Cotas. A partir de então, todas as universidades federai...